segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

10 anos depois

Há 10 anos atrás estávamos de lua-de-mel em Viena de Áustria.
Sim, é verdade, casámos no Inverno e escolhemos um destino de neve e de música para aqueles dias só nossos. E foi tudo tão bom!
Um casamento caloroso, com o tema da música a fazer melodia entre amigos e família, que partilharam connosco aquele dia tão bonito das nossas vidas!
Depois da cerimónia linda na Igreja que nos encheu o coração, veio a boda com boa comida, boa bebida, boa música... muitas surpresas! Nós dançámos que nem uns doidos, ele cantou-me "O meu primeiro beijo", rimos muito, abraçámo-nos e abraçamos os nossos!
Passados 10 anos, o nosso amor continua mágico e vivemos felizes numa família que cresceu com 2 lindos rapazes. Não temos a vida perfeita, é verdade (não acredito sequer que exista), mas vamos ultrapassando as dificuldades da vida juntos e com muito amor. Ele é calmo e eu "espavantada", eu de luas e ele serenamente acalma-me com um "tudo vai correr bem". E eu acredito!
Hoje li esta reportagem, da jornalista Anabela Mota Ribeiro, sobre Viana e tenho uma certeza: havemos de regressar os dois a esta cidade tão bonita que faz parte da nossa história!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Artistas de palmo e meio

Ontem foi a festa de Natal da escola dos filhotes. Estavam numa animação que só visto! E realmente o que é o Natal, se não também este brilho que invade os olhos das crianças?

Em palco esteve uma adaptação do filme “Música no coração” e os miúdos estiveram todos muito bem! É notável o trabalho (grande) que toda a comunidade escolar teve com a concretização de mais esta festa e no final todos estavam muito orgulhosos. Houve coisas imperfeitas? Houve! Mas, nada daquilo é para levar muito a sério, é para todos se divertirem e é um bonito presente de Natal que as famílias recebem.

O mais pequeno lá de casa vestiu-se de pijama para recordar o episódio em que, numa noite de tempestade, os 7 filhos do capitão fugiram para a cama de Maria.

O mais crescido, foi uma nota musical numa bonita dança que recordou a famosa canção que Maria ensinou aos meninos!

No final do dia, já em casa, os sorrisos mantiveram-se e o cansaço era notório!

Chegam agora as merecidas férias!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Alegrias de um fim-de-semana

O fim-de-semana já lá vai, já passou, acabou!!! Hoje já é segunda-feira feira, o início de mais uma semana que acabará com uma data festiva! :-)

Foram dias tão preenchidos que hoje teria sido perfeito se, por qualquer magia, eu pudesse ter ficado em casa a descansar (não doente!!!).

Os miúdos “redimiram-se” da semana difícil que vivemos cá em casa, já que houve birras várias, aviso da escola sobre o menino mais novo que andava demasiado irrequieto e a bater nos colegas (vejam bem!!!!), os manos em constante “luta” e por aí adiante.

Na sexta-feira os pais tiveram um merecido prémio de “bom comportamento”. Iniciámos o fim-de-semana com um jantar de petiscos e bom vinho (se calhar até de mais) com um casal amigo. Amigos mais recentes, mas que, no fundo, parece que sempre estiveram por perto. Companhia boa para conversar e gargalhar!

As tarefas agendadas para sábado de manhã não eram nada glamorosas, mas tinham que ser feitas: eu na faxina da casa e ele numa festa de aniversário do filho mais novo.

O meu corpo estava um bocadinho de ressaca (pensei várias vezes que já estou velha para estas borgas! mas, não estou nada!) e aspirar a casa foi um castigo, mas à uma da tarde a missão estava cumprida.

Depois de um almoço em família, veio o descanso da tarde, enquanto o Joãozinho dormia a folga (eu também dormi um bocadinho). Pai e filho mais velho estiveram numa festa de aniversário. A vida social dos miúdos é realmente muito preenchida!

Ao final do dia, ainda demos uma volta pela baixa da cidade que quase estava deserta. Soube bem apanhar aquele fresquinho quase natalício na cara e ver os miúdos correrem! Um evento em género de animação de rua, com iniciativas culturais, artesanato e gastronomia, numa das ruas da cidade dava animação àquela zona, que até nos fazia desconfiar se estaríamos mesmo na nossa (cada vez mais) pacata cidade.

Ao jantar, uns cachorros quentes caseiros fizeram as delicias das bocas mais pequenas e das dos pais também!!! Seguiu-se um bom descanso no sofá a ver televisão e a dormitar.

O domingo também foi preenchido e a tarde foi passada num shopping da região. Não é programa que goste particularmente (na verdade não gosto nada), mas um serviço agendado para o marido fazer levou-nos a todos lá e, curiosamente, houve diversão, algumas compras e muitas risadas!

E puffff… acabou-se o que era doce!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Probrezinho

Conversa matinal com o filho mais novo (quase 4 anos), enquanto falávamos sobre as prendas que íamos levar para a escola, para serem distribuídas por meninos de famílias mais pobres (que ele teima em chamar de "pobrezinhos", mas não sei onde aprendeu esta palavra):

Ele: Mãe, o Y (referindo-se a um colega da escola) é pobrezinho.
Eu: Então, porquê?
Ele: Porque não tem irmãos!

:-)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Esclarecimentos que devo dar a mim mesma sobre o post anterior:

- Sei que o meu André é um lindo menino e entendo que há fases mais difíceis de ultrapassar e encarar (eu, adulta, às vezes também estou em lua difícil e intolerável... se calhar até merecia uns açoites).

- Ele também foi para a escola de olhos tristes. Mais logo quando regressar já nem se lembra bem da zanga e dá-me um beijinho doce.

- O meu medo de falhar como mãe não me pode atormentar. Sei que também acerto nalgumas coisas!

- Não reduzo a minha felicidade aos meus filhos. Mas, são eles de facto a minha maior felicidade e também a minha maior preocupação.

- Amo muito o meu marido e não quero falhar como esposa… esse medo também se apodera de mim, mas numa escala diferente, é certo!

- Sei que um dia vamos sentir falta da agitação matinal.

- Ao almoço o meu marido serviu-me a comida com um sorriso no prato e fez-me rir... sei que, às vezes exagero! Mas, hoje sinto-me uma mãe pequenina e triste... isto passa, mais logo já passou!

Carta a um filho precocemente rebelde

Querido André,

Hoje portaste-te muito mal de manhã! Deixaste o pai e a mãe tristes! Quando saíste de casa para a escola, senti-me tão "enfurecida" por dentro que quase vomitei o pequeno-almoço.

Fiquei a pensar se entenderias o açoite que dei no rabo e os meus gritos de zangada pela nossa casa, que ultimamente não tem tido momentos contínuos de sossego familiar e as nossas manhãs, nem sempre por tua culpa, têm sido um pesadelo!

Estás a crescer muito depressa e assusta-me a tua “luta” pelo poder lá em casa. Mas, sabes? Não és tu que mandas, filho! Eu e o pai amamos-te muito, muito… e por isso mesmo, queremos mostrar-te o que é certo e explicar-te que não deves ir pelo lado errado. Não é porque somos teimosos, é porque gostamos de ti e queremos que sejas um bom menino e um bom homem.

Hoje vim para o trabalho triste, sentei-me à secretária e senti vontade de chorar. Sabes porquê? Porque receio que tenha falhado como mãe, que não esteja a saber fazer as coisas da maneira certa, contigo e com o teu mano. Aflige-me pensar que esta tua rebeldia precoce, que os conceituados psicólogos analisariam como uma possível falha de afecto e os comentadores populares como uma enorme falta de educação por parte dos pais, seja mesmo por uma falha nossa. Não de afecto, porque eu sei que mostramos que te amamos e também não por falta de educação, porque lá em casa tem havido 'sim' e 'não' e não faltam muitas conversas contigo: umas que te fazem rir, outras que te levam ao choro. No fundo, é assim mesmo a vida, embora eu gostasse que o mundo fosse, para os meus filhos, um espaço completamente protegido e colorido.

Sabes que hoje a tua birra infundada quase te deixava em casa, sem ir para a escola. E isso era mau. Mau, porque os pais não podem privar os filhos da escola e mau, porque tu gostas muito da tua escola e tudo o que ela representa para ti (saber, amigos, partilha, brincadeira, responsabilidade e crescimento)!

O açoite que te dei, como sempre, doeu-me mais a mim do que a ti. Sabes porquê? Porque uma mãe fica sempre com o coração muito apertado e doído quando bate num filho, mas também porque sei que ele não representou quase nada para ti e, na verdade, nem te doeu. O castigo que te impus (ficares sem televisão) também não é nada que te vá fazer pensar especialmente na vida! No fundo… fica, mais uma vez, a dor e o medo de estar a falhar!

E eu posso falhar como profissional, que a frustração fica atenuada pelas outras faces da minha vida, nomeadamente a familiar e a social. Até posso falhar como esposa, porque a vida pode ter agendadas algumas surpresas para nós e a falha nunca será de apenas um lado, ainda assim, com o tempo, essa dor, essa tristeza (dizem) seria um dia ultrapassável. Sei que talvez tenha falhado, algumas vezes como filha, mas o amor e respeito que tenho pela minha mãe é do tamanho do universo e recíproco. Posso falhar em muitas fases da minha lua, mas a dor que ficará marcada nunca se comparará ao medo que tenho de falhar como mãe! E essa falha sim, apagaria um grande bocado de mim!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sem título

O meu final de semana (a que já passou) foi má (não vou usar artificies)! Tomei uma pastilha para a garganta que tem um componente ao qual sou alérgica e foi um pesadelo. Olhos e cara inchada… uma deformação assustadora. Achei que controlava aquilo sozinha, mas… a ida ao Centro de Saúde para a injecção foi inevitável.

E depois disso foi um role de depressões e mau estar. E nem sei justificar bem esta neura de hormonas (as pessimistas) aos pulos!

Ontem fui para a cama bem cedo para ver se a minha neura não entristecia mais as pessoas que me rodeiam e numa tentativa de que isto desaparecesse com no sono! Mas não desapareceu e estou cansada… cansada de não estar bem, de não me sentir bem… de não conseguir abraçar as coisas boas que tenho com a merecida energia e mandar tudo o resto (que nem sei bem descrever) às urtigas!!!

Mas, será assim tão difícil ser feliz, mesmo com as pequenas agruras do dia a dia que são normais na vida de todos nós?

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Recordações do meu Natal de miúda

- O pinheiro que o meu pai trazia na motorizada para eu enfeitar com a minha mãe

- As músicas que eu ia ouvir e cantar na casa dos “compadre” mesmo ao lado da minha (o Sr. Rosado tocava gaita de beiços e o Carlinhos piano)

- Os bolos de amêndoa

- A roupa que eu estreava no dia 25 de Dezembro para ir à missa de Natal

- O beijar do Menino Jesus

- O presépio gigante da casa da avó da minha amiga-irmã (a Sr. Mª J. Gago)

- Uma boneca preta que um amigo do meu pai me ofereceu uma vez

- A ansiedade com que eu esperava pelo livro que me era oferecido no Natal

- As canções de Natal que eu “gritava” no pátio da minha casa

- O reclame d' "A minha agenda, a minha agenda"

- Ver os manos e a mãe sorridentes nessa noite em que estávamos especialmente juntos

- A falta, que mais tarde, o meu pai fazia em casa (e o pinheirinho que deixou de chegar de motorizada)

- O Menino Jesus é que sabia se nos portávamos bem para receber presentes (não cresci com o Pai Natal, nem me lembro da primeira vez que ouvi falar dele)

- As estrelas em papel de lustro que fazíamos na escola primária com a Professora Elizabete, para enfeitar as janelas da sala de aula

- As filhós e as rabanadas que a minha mãe fazia

- Assistir ao Natal dos Hospitais na Televisão

- Passar a tarde de 25 enrolada na manta no sofá a ver Televisão

- Um Natal especial em que fomos passar a quadra natalícia com a família de Lisboa (primos, tios, avós…). Eramos tantos!!! Foi tão bonito (mas não gostei do bacalhau com couves da Tia Conceição) e nessa noite o meu mano Jorge cantou o fado e pôs a família de lágrima no olho

- Os chocolates que enfeitavam a árvore de Natal e que depois do Dia de Reis eu podia ir comendo (até perceber que afinal não gostava de chocolate, por isso duravam tanto tempo até se estragarem!)

- O musgo que se colocava no presépio e as searinhas 

- A visita ao presépio dos Bombeiros Voluntários

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Hibernação

"A hibernação é um estado letárgico pelo qual muitos animais endotérmicos, em grande maioria de pequeno porte, passam durante o inverno,(…). Os animais mergulham num estado de sonolência e inactividade, em que as funções vitais do organismo são reduzidas ao absolutamente necessário à sobrevivência."
in  Wikipedia

É assim, neste estado, que eu estou (é que até a questão do pequeno porte se adequa à minha pessoa). Só que tenho que fingir que não estou assim... isto é que é o mais complicado!

Manhãs difíceis - missão nobre

As manhãs lá em casa são quase sempre conturbadas e ultimamente tem havido sempre necessidade de levantar a voz. Hoje ouvia o meu marido gritar com o mais pequeno “mas, não há manhã em que não tenhamos que gritar?!?”.

Hoje queriam, porque queriam, levar brinquedos para a escola para oferecer a outros meninos de famílias mais pobres (uma iniciativa regular lá da escola deles). Até aqui tudo bem... pensamentos nobres os dos meus filhos e pais terríveis (nós) que gritámos por tão nobre missão. O problema é que resolveram escolher os brinquedos na hora de sair de casa e que brinquedos escolhiam? Pois… coisas velhas, já estragadas, sem jeito nenhum… E não estavam a querer entender que podiam oferecer brinquedos deles, mas tinham de estar em bom estado. Aliás, o mais nobre seria escolherem um brinquedo novo de que gostassem, para oferecer a outro menino.

E tentámos explicar calmamente (juro) que tínhamos de tratar daquele assunto com tempo, até porque era necessário tratar do embrulho, e eles insistiam em não ouvirem-nos… e pronto foi assim… mais uma manhã difícil, em nome de missão que até é bem nobre.

Luas do dia

Depois de uma noite muito mal dormida, com um ataque de asma (esta “maldição” de criança que voltou depois de ser mãe de 2 filhos e que, cada vez mais, acredito que está relacionada com o stress) ontem foi noite de ir para a cama bem cedo.

Hoje devia estar como nova, mas não estou. Sinto que me passou um comboio por cima.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O melhor do meu fim-de-semana

O fim-de-semana já passou… um fim-de-semana marcada pelo início de Dezembro, o início do Advento que é este tempo de interiorização, partilha e de preparação para o Natal.

Foi um fim-de-semana vivido em família e foi bom. Quando somos mais novos não entendemos isto com tanta clareza, mas não há nada como o calor da família (quando é uma família de amor!).

Os melhores momentos deste fim-de-semana:

- Uma ida ao cinema em família em que convidámos a avó Otilia para se juntar a nós (nunca tinha ido ao cinema). Os miúdos gostaram muito de levar a avó a cinema ver um filme “deles”. O Frozen aqueceu-nos o coração por vários motivos, um deles foi ouvir a Rainha do Gelo a cantar com a voz de uma “menina” que conhecemos desde muito pequenina e que hoje é uma mulher linda, com uma voz e uma musicalidade inigualável (cá em casa sempre acreditámos nas qualidades dela na área da música).

- Uma missa na manhã de Domingo vivida com muita alegria para celebrar o início do Advento, com a igreja cheia de gente, muita participação de todos, um momento comovente de partilha de alimentos para os mais carenciados, cânticos alegres e muitos sorrisos….

- Um almoço de família para festejar os 30 anos da cunhadinha mais nova e oferecer-lhe um bolo lindo, feito por nós, que ela gostou muito (ou fingiu muito bem!).

- Um final de Domingo a montar a árvore de Natal e o presépio ao som de músicas de Natal e ver a alegria dos meus filhos a ajudar com os enfeites e a dançarem ao som da música.

Se não houve momentos menos bons? Houve sim… vário! Mas, esses não merecem a pena ser recordados e, se eu pensar com o coração, foram coisas mínimas comparadas com as alegrias vividas.