quarta-feira, 24 de abril de 2013

Rio, rio, rio... rio p'ra não chorar

Gosto de amigos que me fazem rir!
É verdade... gosto de rir. Posso parecer uma pessoa mais introvertida, mas gosto de soltar umas boas gargalhadas.
E até gosto de rir naqueles momentos em que não é suposto rir! Sim... sou um bocadinho louca. Mas, já alguém dizia que "de poeta e louco todos temos um pouco".
Tenho uma colega e amiga com quem gosto de conversar e de estar, porque juntas rimos muito... e mesmo em momentos mais dramáticos, conseguimos arranjar alguma coisa que nos faça rir. No final, conseguimos relativizar as coisas.
A C. fala muito (e eu gosto de a ouvir) e consegue encontrar um tema para rirmos, mesmo que às vezes pensássemos que não conseguiríamos rir.
Rir alegra a alma, balança o nosso corpo, oxigena as nossas entranhas e desmancha a nossa pose. Saber rir de nós, ajuda-nos a entender melhor os outros na humildade e permite-nos conhece-nos melhor.
Saber fazer rir os outros é um dom que vem de quem tem um coração bom que enche quando os outros riem.
Não falo de risos de comédias ensaiadas ou anedotas premeditadas, refiro-me a risos da vida, na vida e para a vida.

Levante o braço quem gosta de rir! :-)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Lua minguante#1

Sabemos que precisamos, urgentemente, de tirar um tempo para nós quando...

... deixamos acabar o perfume e não temos nem tempo nem paciência para ir comprar outro e usamos o perfume que o filho recebeu de oferta quando fez 2 anos!!!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Bom dia, bom dia

Hoje venho aqui deixar apenas um sorriso! :-)
Que o sol de hoje ilumine o nosso dia e que nos faça ver a felicidade nas pequenas coisas, nas coisas simples que preenchem o dia!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O lado cinzento da minha primavera

Gosto de dias de sol.
Gosto dos dias de sol de inverno quando está frio e temos que nos agasalhar bem, mas o sol ilumina o dia e aquece o nosso rosto!
Mas, gosto especialmente dos dias de sol da primavera. Parece que começamos todos a descongelar do inverno, as roupas coloridas rejuvenescem-nos e os sorrisos começam a ser mais constantes.
Eu preciso desta fotossíntese: ter sol e estar perto da água!
Mas, se este bom tempo tem este lado positivo de tudo parecer mais bonito e colorido, desperta em mim um lado mais cinzento. Sei que parece estranho e contraditório, mas é como se eu própria precisasse de  virar do avesso as coisas que não estão bem. Preciso de uma ressurreição primaveril interior e para isso é preciso "morrer", ou seja é preciso chafurdar bem cá no fundo e tirar, sem medos, aquilo que não está bem.
Depois, sim, é só desabrochar para as alegrias que a vida nos oferece!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Um luto colorido

Querido pai,

Hoje vesti uma blusa bordeaux (para ti, e para a para a maioria dos homens, é encarnada ou vermelha).

Morreste há cerca de um mês e meio… pelo que esta minha atitude pode ser vista aos olhos exteriores como uma falta de respeito! Ainda por cima, porque os manos exteriorizam ainda a dor na cor preta que faz parte das suas vestes.

A verdade é que a palavra respeito entre nós nunca foi colocada, não por falta de respeito, mas pela distância que a tua ausência durante 20 anos da minha vida, da nossa vida, criou.

Sabes, talvez nunca tenhas pensada muito nisto, mas fizeste-me falta. Tenho na memória de em pequenina me questionar, porque terias desaparecido das nossas vidas! Também me lembro do sofrimento grande da mãe, sozinha com 4 filhos e um deles (eu) tão pequenino. Foi uma dor tão grande que a levou, literalmente, à loucura! Foram momentos difíceis, como também foi difícil todos os anos em que no dia do pai, na escola, eu tinha que fazer um presente e não tinha a quem o dar! Foi sempre ao mano Z., o mais velho, que simbolizou a imagem de pai lá em casa e era ele que recebia esses mimos paternos, mas eu sabia que era só a fingir!

Também sentia a tua falta nos meus natais de criança… Tínhamos muitas dificuldades financeiras e por isso o meu Natal não era como o dos outros meninos. Mas, o que me fazia mesmo falta nesta altura, era o pinheirinho que costumavas trazer no dia de Natal, amarrado na tua motorizada, para enfeitarmos. O pinheirinho que tu trazias da limpeza das árvores que tão bem sabias fazer (as outras pessoas, as que melhor te conheciam diziam que eras o melhor a cuidar das árvores).

A tua falta foi-se esvaindo em mim. A mãe foi uma corajosa, como sabes, e deu a volta por cima das dificuldades e conseguiu seguir em frente, amparada pelos filhos e pelo amor que se vivia, e vive, entre nós e também com a ajuda dos vizinhos bons que fizeram partes da nossa vida!

Por isso, eu aprendi a viver sem pai e a responder às pessoas que me perguntavam pelo meu pai sem problemas ou lágrimas. Nas fichas da escola eu preenchia sempre o teu nome e a profissão, mas não completava com a morada… eu não sabia por onde andavas.

Quando entrei para a universidade, fizeste-me chorar. Tu não sabes, não tinhas como saber, mas é verdade!

Para ganhar a bolsa de estudo, tive de justificar, numa entrevista, a minha vontade de estudar, os meus objectivos, e as minhas dificuldades financeiras. E na cabeça da psicóloga não era possível eu não saber do meu pai, não era possível que ele não contribuísse em nada e que a minha mãe nunca te tivesse exigido nada, judicialmente. E isto abalou-me! Senti uma raiva incomparável dentro de mim!

Mas, eu cresci… a minha atitude humilde também amadureceu e tu voltaste a aparecer nas nossas vidas, mais nas dos manos, do que na minha e entende-se porquê. Quando escolheste ficar noutro lugar, com outra família e noutra vida, eles eram todos já jovens… ou seja, tinham crescido com um pai e eu tinha só 4 anos.

A pedido dos manos e da mãe que nunca se divorciou de ti, e que no coração dela te perdoou (só esse perdão permitiu que ela cuidasse de ti quando precisaste), eu fui arranjando um espacinho na minha vida e no meu coração para ti. Estiveste presente quando me formei, quando me casei, no nascimento do meus filhos e eu falo a estes teus netos de ti. Falo-lhes neste avô, sem amargura, mas tenho pena de ter pouco para contar.

Aprendi com o tempo que tu terias uma razão para fugir (a tua razão!). E que talvez tenha sido até melhor para mim e que essa ausência tenha feito de mim a mulher que sou hoje (acho que não sou um mau exemplo da espécie humana)!

A tua doença e morte abalou-me como eu nunca achei que acontecesse!

E senti uma raiva dentro de mim por não ter a tristeza que outros filhos têm. Por não exteriorizar aquilo que aos olhos exteriores achavam que seria natural e correcto.

Mas, sabes que estive presente. Que foi com dor que te vi a definhar naquela cama de hospital e que foi com tristeza que me sentei ao lado do teu caixão!

Partiste e parece que nem fizemos as pazes!

Desculpa se também não fui uma boa filha… eu perdoou-te por não teres sido um bom pai, um pai presente.

A minha blusa vermelha não é alegria por teres partido, nem falta de respeito! É a exteriorização da minha sinceridade para ti e para o mundo e, no fundo, simboliza a vida feliz que eu tenho. E eu sei que, estejas onde estiveres, ficas feliz por saberes que esta tua filha é feliz e que hoje pensou em ti quando vestiu esta blusa bordeaux!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Síndroma domingueiro

Há uns anos atrás, vivia os fins-de-semana um pouco em angústia. Pensava demasiado no trabalho: nas coisas que tinham corrido mal ou bem na semana anterior e o que tinha para fazer na semana seguinte.
Não era melhor ou pior profissional por isso, mas vivia muito focada nas responsabilidades profissionais e às vezes colocava demasiada carga nas minhas costas sobre o trabalho.
Sabia que isto era mau, sobretudo porque não desfrutava dos 2 dias que deveriam ser de descanso, lazer e convívio.
Com a chegada dos filhos e a vontade tremenda de aproveitar estes 2 dias, fora do escritório, para a família e para mim (quando é possível), esta opressão de fim-de-semana foi lentamente desaparecendo.
E eu consegui esta pequena vitória de na sexta-feira, por volta das 20H, conseguir ir desligando o modo trabalhadora por conta de outrem e ir aproveitando as refeições em família com mais tempo, com maior qualidade, a preguiça matinal com os miúdos a saltarem na nossa cama, os momentos de namoro, os passeios… e esta tranquilidade é muito boa e é importante para recargar energias para a nova semana de horários apertados e de responsabilidades, às vezes aborrecidas!
Mas e porque isto à sempre um ‘mas’ na nossa vida, agora sofro daquilo a que chamo o ‘síndroma domingueiro’. Nos domingos ao final da tarde, fico, inconscientemente, com um humor diferente, uma certa neura, por saber que o fim-de-semana está a chegar o fim!
Agora preciso de aprender a reagir positivamente a este meu ‘síndroma domingueiro’.
Se alguém me puder dar umas dicas, eu agradecia… :-)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Coisas que não têm preço

É pena que este ambiente constante de crise e austeridade nos impeça de vermos as coisas que não têm preço.
Eu falo por mim... foco-me muito no medo do amanhã que pode ser de privações, que pode ser ainda mais difícil, e muitas vezes fico com os olhos enevoados e não aproveito o presente, a desfrutar as coisas belas que tenho à mão e que não têm preço: o sorriso daqueles que amo, uma dança improvisada ao som de uma música de que gosto, uma gargalhada, o riso dos filhos, uma boa conversa com o marido...
Esta noite desfrutei de tudo isso e não gastei um tostão!

O poder mágico do lar

Ontem tive um dia difícil. Daqueles dias em  que penso que todos os outros dias em que resmunguei muito, afinal não era difíceis... ontem é que foi difícil.
Meteu discussão com superiores no trabalho, choro (com os nervos saem-me sempre lágrimas) e uma náusea imensa, porque sentia que iria explodir e deitar tudo pelos ares.
As injustiças e as falsas 'boas pessoas' atingem-me de uma forma (até me falta a palavra) brutal.
O final do dia trouxe-me a casa e ao meu lar.
A abertura da porta para o outro lado, o lado da família, o cheiro da minha casa e o cheirinho bom que saía da cozinha foi o primeiro bálsamo para apaziguar o meu coração. Depois o abraço do mais pequeno, o beijo do marido, o beijinho do mais crescido.... a azáfama de banhos, pijamas, o pôr a mesa e as conversas banais de como correu o dia, o que foi o almoço, e por aí fora... arrematou para que eu conseguisse sorrir. Desabafei com o marido, liguei à mãe a perguntar se estava tudo bem e pronto... antes de ir para a cama consegui pensar que o mais importante estava ali.
Como por magia, aquele episódio triste de mágoa foi relativizado e o amor do lar venceu a neura!
Hoje o dia está de sol e tudo parece mais bonito!

Sejam felizes com as coisas simples da vida! :-)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Filha galinha

Sou uma filha galinha!
É verdade, tenho um instinto de protecção muito grande pela minha mãe e fico com o coração apertado quando sinto tristeza na voz dela.
Também sou mãe e gosto de ter os meus filhos por perto da asa, mas como partilho a capoeira com o meu querido marido, sinto que sou mãe galinha q.b. e consigo encontrar algum equilíbrio,  vivendo as dúvidas e os impulsos a dois, sempre com a dose certa de bom-senso.
A minha mãe é uma guerreira, criou (muito bem) quatro filhos e ainda hoje é a matriarca da família, é a rocha que todos procuramos para apoio e carinho!
E eu não consigo senti-la mais em baixo... perco o sono, quero a todo o custo ajudá-la, animá-la... quero pô-la debaixo da asa e protegê-la das tristezas, porque acho que já passou por demasiadas.
Gostava de dar-lhe o presente da tranquilidade e que, nesta fase da vida, ela pudesse desfrutar da família que construiu (filhos, netos, bisneta, genros, noras, sobrinhos e outros familiares do coração) com serenidade e um sorriso sempre no rosto!
Não era justo que assim fosse?
Amo-te muito, mãe!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Lua gulosa

Comi uma bela francesinha preparada pelo meu maridão!
Soube-me muito bem! Mas... agora sinto que já estou a engordar!!!


Amizades que doem

Há amizades que doem.
Muitas pessoas afirmariam de imediato que se causa dor não é amigo.
Mas eu não estou a falar de uma dor causada propositadamente, mas de uma dor pela ausência.
São amizades que vêm de longa data, pessoas que partilham connosco os momentos mais importantes das nossas vidas, mas que, pela luta contra-relógio do tempo, desaparecem do nosso dia a dia.
Sei que se gritasse elas vinham a correr e se eu ouvisse o grito delas eu própria voaria para perto. Mas, o tempo corre tão veloz que, nas nossas angustias do dia a dia, nas nossas pequenas alegrias diárias e pequenas vitórias não estão aqui.
De tal modo, que me ponho a pensar que se calhar sei muito pouco sobre o estado actual desses amigos-
E isso faz-me doer!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pedras na mala

Desde ontem que sentia a mala pesada e que sentia um tilintar na mala estranho.
Há pouco fui averiguar e... surpresa: eram pedras. Pedras recolhidas na praia durante o fim-de-semana pelo o filho mais crescido.
E fiquei a sorrir! Como as nossas malas se alteram com a chegada dos filhos e como é bom encontrar estes tesouros, no nosso dia a dia agitado, e recordar as brincadeiras com os nossos filhos.

Hoje sinto-me assim...

“Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar”

E esta insatisfação veio muito ao de leve, sem pedir licença, quase sem eu dar por ela. Mas, agora que a reconheço, está a minar os meus dias e a provocar um grande desassossego interior.

Não consigo ainda dar o passo para a fase seguinte:

"Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só"

Mas, o momento de acção vai chegar, eu sei que sim!

excertos da música de António Variações "Estou além"

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Filho mais velho - graçola

Depois de uma ida à praia...
- Mãe, limpa-me os pés.
E de imediato começa a cantar "Se eu vos lavei os pés, sendo Senhor e mestre" (cântico que se canta na celebração da última ceia, na 5.ª feira Santa, recordando o momento em que Jesus lavou os pés aos discípulos)

aos 6 anos

O que leva uma "criança" de 13 anos a querer fugir?

Quando ouço histórias destas, o primeiro pensamento é “alguma coisa estaria mal naquela casa. Provavelmente alguma raiva ou tristeza provocou aquela atitude.” No entanto, nestes dias, por proximidade a um caso deste género, já não tiro conclusões tão precisas e questiono profundamente “o que leva uma "criança" de 13 anos a querer fugir de casa, sem dó nem piedade pelos pais em sofrimento?”

Nestas idades, não se ouvem os adultos, muito menos os pais, e os amigos são as pessoas mais sábias do mundo e aquelas que eles respeitam.

E quando os “amigos” (coloco entre aspas propositadamente, porque me refiro aos falsos amigos) escolhidos não têm boas intenções e procuram estabelecer o caos nas cabeças ainda infantis, de quem procura crescer de imediato e a qualquer custo, como é que os pais podem gerir esta dor e como é que podem, para além do amor incondicional que têm pelos filhos, gerir e corrigir estes impulsos de adolescentes que comprometem estudos, amizades verdadeiras e o crescimento saudável para fugir, a qualquer hora do dia ou da noite, para junto de quem não lhes quer bem?

sábado, 6 de abril de 2013

Porquê lua descalça?

Não sei!
Lua, porque gosto de sonhar. Gosto de sentir a cabeça na lua, coisa que com a idade acontece cada vez menos. Parece que o tempo corrói os sonhos!
Descalça, porque gosto muito de ter os pés sem sapatos, de sentir o chão na planta do pé!
Resumindo, sou uma aluada com os pés bem assentes na terra.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Partida, largada, fugida

Um começo...
Tanto espaço para escrever... tantas palavras que se atropelam para sair.
A saudade de escrever, uma escrita apenas por prazer, há muito que me desafiava a entrar neste espaço tão infinito.
Aqui estou. Sem saber se voltarei, sem saber se conseguirei organizar as palavras com lógica, para registar tanta coisa que vai na minha cabeça e sobretudo no meu coração.
O primeiro passo está dado e as primeiras palavras estão lançadas!

Até breve!