quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Porquê que não pude ficar em casa?!?

Ontem tive um presente imprevisto de uma amiga que se cruzou na minha vida, inesperadamente, mas acredito que "propositadamente" para tornar os meus dias de trabalho mais fáceis. Um dia explico melhor esta amizade que é especial! Por hoje fica no ar a ideia de que partilho os meu tormentos do quotidiano profissional com uma amiga que me faz rir e (ela não sabe, nem imagina) mas ajudam-me a relativizar os problemas.

Dizia eu que ela me ofereceu um livro. O livro desta senhora.

Hoje, de manhã, ao pequeno-almoço li um bocadinho do livro (o possível tendo em conta as horas da manhã que correm). E muita gente estará agora a interrogar-se “mas ela consegue ler ao pequeno-almoço?!?”. Sim! Eu levanto-me cedo, despacho os filhote e o marido e ponho todos na rua, no seu caminho para a escola e trabalho e eu fico com um bocadinho só para mim e para o meu pequeno almoço em sossego (sabe tão bem!!!).

Mas, ainda não era bem sobre isto que eu vinha aqui desabafar!

É que eu estava a tomar o meu café com torradinhas, a ler o livro que me fazia sorrir, olhei pela janela por onde entrava o belo sol de hoje e pensei “e se eu dissesse que estava com uma forte dor de barriga e ficasse em casa na preguiça a ler o livro” (talvez devesse ter vergonha de assumir este pensamento, mas… é verdade, ele emergiu na minha mente!). Mas pronto, o peso da responsabilidade desceu sobre mim, eu larguei o livro, e assumi as minhas responsabilidades profissionais.

Mas, vim contrariada. Tão contrariada que tenho um sono que não me passa, nem à base de muita cafeína!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Animação familiar na feira

Este ano a feira ganhou um novo encanto para mim. Ver o sorriso no rosto dos miúdos (os dois já desfrutam bem daquela magia), aperceber-me da alegria deles ao ouvirem o barulhinho logo lá ao longe, sentir a animação deles a escolher o carrocel e a alegria depois da volta e ver a boca deles alegre e suja de canela com açúcar depois de uma fartura quentinha, faz-me esquecer que eu nem gosto muito daquela agitação. Mas, a verdade é que agora até gosto! Gosto de os acompanhar e de também dar uma volta no carrocel em família: “mãe, vamos todos andar na selva?”.

E este último fim-de-semana foi assim, aproveitando o bom tempo e o evento anual da nossa cidade que traz animação a pequenos e grandes neste ambiente de feira e carroceis.

Para o ano há mais!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Quem estará aí desse lado?

Aqui o ‘Lua’ tem tido algumas visitas e isso deixa-me sorridente! Gosto de pensar que partilho os meus pensamentos com alguém que aqui chega sem me conhecer até.
E penso: quem estará aí desse lado? :-)

Obrigada por andarem também por aqui!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Mãe, brincas comigo?

Hoje o meu João perguntou-me enquanto o vestia: Mãe, brincas comigo a fazer aquele jogo (apontando para um puzzle)?
Eu achei amorosa a pergunta feita logo de manhã, tão cedinho, ainda com os olhos meio fechados e respondi: Sim! Mais logo, quando voltares da escola!
E ele muito sério e de dedo espetado contrapôs: Logo se vê! Logo se vê!

O que é que isto tem de especial? Talvez nada, mas para mim foi uma real chamada de atenção, porque este "logo se vê!" costuma sair da minha boca, muitas vezes, porque tenho medo de prometer uma coisa que talvez não se vá cumprir. E a brincadeira, durante a semana, é uma coisa muito rara. Primeiro fazer o jantar, depois pôr a mesa, depois levantar a mesa, depois arrumar a roupa, depois... enfim, mil e uma coisas que depois de feitas são horas de ir para a cama. E lá se foi o tempo para brincar.

A verdade é que eles não me costumam cobrar isso, mas às vezes lá vem um desabafo "tu nunca tens tempo para brincar!" ou "estás sempre a trabalhar!" e eu cá fico com o coração apertadinho e depois à uma verdade terrível que eu escondo só para mim: eu não gosto muito de brincar! Isso fará de mim uma má mãe?!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Motivações partilhadas

Hoje ao ler istoneste diário delicioso, rasguei um sorriso !
É um espaço que gosto muito de visitar e hoje identifiquei-me muito com esta motivação para uma dieta.
Houve uma altura inconsciente da minha vida em que achei que podia comer tudo o que me apetecesse que nunca engordaria por aí além. E porquê que pensava assim? Porque na minha juventude era mesmo assim... nunca pensei se podia ou não comer um gelado todos os dias.
A minha alimentação também não era propriamente uma desgraça, mas o gostar de comer, de cozinhar e de provar um bom vinho, em conjunto com o passar dos anos, fez de mim uma mulher mais redondinha. Depois da segunda gravidez, o corpo não voltou ao que era. E fui-me habituando àqueles 5 kgs a mais.
Mas este ano, comecei a sentir que a roupa queria rebentar, que a cara estava mais inchada e todos à minha volta me pareciam bem mais magros do que eu. Depois, veio o verão e todas as extravagâncias gastronómicas que me animam (uma sangria aqui, um gelado ali, muitos petiscos, caracóis com pão com manteiga, vinho verde fresquinho, umas caipirinhas!) e pronto foi uma desgraça.
Depois do verão olhei para algumas das fotografias tiradas e pensei "já chega". E aliada ao marido iniciei uma dieta, pela primeira vez na minha vida.
Já lá vai um mês! As coisas correram bem: o peso baixou e habituámo-nos a uma alimentação mais regrada, mais saudável. A minha motivação é mesmo a procura de me sentir melhor, de me sentir mais bonita. E a verdade é que até me sinto!
MAS.... falta-me uma parte. Falta-me o exercício físico. Podia arranjar mil e uma desculpas para a ausência dele na minha vida, mas a verdade é apenas uma: não gosto, aborrece-me e sou preguiçosa.
Ainda assim, impulsionada pela vontade de uma vida mais saudável, e porque o corpo com a idade vai perdendo resistência, elasticidade, tonicidade e brilho, e eu sei que a prática de desporto ajuda a melhorar a nossa máquina vital, comecei a fazer umas caminhadas e umas tentativas de correr.
Preciso de aumentar a minha motivação nesta matéria. E hoje o testemunho da Catarina ajudou-me, de alguma forma... depois do trabalho lá calcei as sapatilhas e corri andei depressa 6 kms.



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Língua de trapo

O meu filho mais novo, o João que tem 3 anos e meio fala muito, mas tem um vocabulário muito próprio:

- põe o 'pacacete' na cabeça
- diz que o mano foi ao karaté no 'parvalão'
- e veste as 'nhecas'

sábado, 12 de outubro de 2013

Parabéns mano-pai

Sou a menina dos manos… cheguei imprevisivelmente fora de tempo, como diz a minha mãe (agora) a sorrir e por isso tenho irmãos (2 manos e 1mana) muito mais velhos do que eu. Agora que já sou uma adulta (é verdade, algum dia teria de assumir esta realidade) a diferença já não é assim tão notória, mas há uns tempos atrás era e eu passava, algumas vezes, por filha de qualquer um deles.

Gosto muito de todos eles! Não existe aquela cumplicidade de irmãos que outros de idades mais próximas terão, mas existe outro tipo de cumplicidade e um amor fraterno que nos une em volta da mãe muito especial que temos.

Mas, hoje as minhas palavras recaem sobre o mano mais velho, o mano Zé. O mano de bigode, o mano que nos meus anos tenros fazia de pai, recebia os presentes que me obrigavam, na escola, a fazer no dia do pai, pegava-me e mimava-me ao colo, jogava comigo ao elástico, acompanhava-me nas festas das minhas etapas da catequese, levava-me o leite à cama quando chegava à noite das suas saídas de jovem (eu nem dormia descansada a pensar tinha de o ouvir chegar para pedir o leitinho!). Já mais tarde era ele que me levava às discotecas (a mim e às minhas amigas), ficava no carro à nossa espera e depois levava cada uma das amigas à porta da sua casa! Quando tirei a carta, pôs-me o carro dele nas mãos e foi ao meu lado, ver espetar-me numa parede e mesmo assim insistiu que continuasse a conduzir o carro. E o mais comovente de tudo isto, é que sempre fez tudo isto com um sorriso nos lábios, com uma dádiva que não reconheço em ninguém como a ele.

É o tio que senta os sobrinhos no colo e os deixa fazer tudo... até “chafurdarem” no prato onde está a comer.

Se ouve que alguém precisa de ajuda, de boleia, de companhia... ali está ele sempre pronto.

Na minha festa de finalistas comoveu-se ao ver-me abanar a pasta com as fita e comoveu-se no dia em que me levou pelo braço, ao altar, no dia do meu casamento. E eu tive um orgulho gigante de ser ele a acompanhar-me naquele dia especial.

Ainda hoje pergunta pela menina (eu!) se está boa a menina! E se a menina diz que já não tem laranjas ou limões, lá está ele à minha porta com os citrinos acabados de colher, por ele, na horta.

É uma pessoa boa! Daquelas que se esquecem deles próprios para serem felizes com o bem estar dos outros.

Não tem defeitos? Deve ter, afinal todos temos! Mas, nele não têm qualquer importância quando o coração lhe é tão grande!

Dificilmente, alguma vez vou conseguir agradecer-te este amor e explicar-te o orgulho que tenho em ser tua mana, ainda assim tu sabes que gosto muito de ti!

Parabéns mano Zé!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Missão descomplicar

É impressão minha ou os adultos são muito complicados?
Às vezes a solução é simples e não requer nada de complicado e nós andamos às voltas com medo... sem agir!
Hoje tive novamente a prova que as coisas são simples, nós é que complicamos e complicamos em demasia. Andei nervosa, muito nervosa, com perdas de sono que um simples telefonema e um sorriso no outro lado da linha apaziguaram.
Depois, fico irritada comigo mesma a pensar "mas porquê que teimas em complicar, porquê que sofres por antecedência?" e fico a martirizar-me mais um bocadinho!
Bolas... bem dizem os homens que as mulheres são muito complexas (eles dizem complicadas, mas eu quis dar algum charme à coisa!).


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Aperto de mãe

Quando os meus filhos estão doentes, é um aperto no coração. Pode não ser nada de especial, pode até ser uma ferida pequenina, mas saber que eles não estão bem, que há uma dor que os entristece, que aquele mau estar lhes afeta o sorriso, é um aperto no meu coração de mãe.
Ao André está doentinho. Uma virose qualquer que lhe provoca dores de barriga, dores de cabeça e um mau estar que o leva às lágrimas. Agarra-se a mim e ao pai na expectativa de que aquele abraço lhe minimize a dor, mas infelizmente aquele calor paternal não chega. E isso lembra-me o quão impotentes somos!
Sei que amanhã já deve estar melhor e que depois vem a energia habitual que nos faz esquecer estes momentos e perceber que afinal fazem parte da vida.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

A fada dos dentes

A fada dos dentes ontem passou lá por casa!
É verdade o André está mesmo crescido e aos 7 anos, depois de andar muito triste porque a ele ainda não tinha caído um dente, porque era “o único” com a dentição de leite completa e depois de muita ansiedade, lá saiu o primeiro dente de leite.
E como quem sai aos seus não degenera (neste caso à mãe) o primeiro dente teve de ser extraído no dentista, porque o novo rebentou e outro não abanava. E foi um valente, depois de um nervosismo inicial, sentou-se corajosamente na cadeira e diz que não doeu nada.
Não fomos nós que motivámos a conversa da fada dos dentes, mas à volta dele todos lhe criaram esta fantasia (colegas da escola, amigos e avós) e pronto… ela teve mesmo que passar lá por casa e deixou umas moedinhas! Não levou o dente, deixou-lho porque ele se tinha portado muito bem.
De manhã estava muito contente (acho que nem dormiu bem!), contou-nos que tinha recebido um presente, mas no final muito astutamente perguntou ao pai: “foste tu que deixaste lá as moedinhas?”. Sem resposta, perguntou-me a mim “a fada dos dentes existe?”. Eu sorri e perguntei-lhe: “o que é que tu achas?”. E ele respondeu a sorrir: “acho que é um mistério”. No fundo, ele sabe que a fada dos dentes somos nós, mas quer sonhar com a existência desta figura mágica. E é bom vê-los sonhar!