segunda-feira, 16 de maio de 2016

Pronto...

...entrámos na nossa semana mais louca de Maio, com a agenda cheia e responsabilidades que nos deixam nervosos.
Havemos de dar conta do recado, claro que sim.
Mas, este fim-de-semana já foi de tal nervosismo antecedendo o que aí vinha que as insónias assaltaram as nossas almofadas.
Entre ensaios e mais ensaios a semana irá culminar num fim-de-semana de concertos (20 e 21) e na Primeira Comunhão do nosso André (22).


domingo, 15 de maio de 2016

Domingo de sol

Que lindo dia de sol!
Depois de uma noite muito mal dormida, sonhando e ressonhado com os muitos afazeres agendados para o mês de Maio, é com alegria que vivemos, em família, este dia solarengo.
Que seja um dia luz também nos nossos corações.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Mãe sofre (e os filhos também!)

Mãe sofre! E acredito que os miúdos também sofram com a sua turbulência interior de sentimentos e sem saberem muito bem lidar com as suas frustrações.
O meu mais velho hoje teve, e ofereceu-nos, uma manhã difícil. E eu já sei que vou passar o dia a pensar nisto, com este nervosinho miudinho que às vezes assolam as mães e com aquela dorzinha chata que nos martela na cabeça “como é que não conseguiste resolver o conflito de forma positiva?”
Acordou feliz porque estava sol e pediu para ir para a escola de calções. Eu achei que o tempo ainda estava incerto para ir em modo verão para a escola, ainda por cima sabendo que hoje teremos todos um dia longo e só chegaremos a casa à noite. Expliquei-lhe, por isso, que hoje ainda não iria de calções, mas que se nos próximos dias, o tempo se mantivesse solarengo e mais quentinho já poderia andar de pernas ao léu.
A decisão maternal não foi de encontro ao seu desejo e pronto foi “o fim do mundo em cuecas”. Chorou, amuou… barafustou “não levo calças! vou vestir calções! não me visto!”
Dei-lhe espaço e mantive-me em silêncio, afastada. Acredito que se dermos demasiada importância a estas birras, uma coisa pequenina pode transformar-se num monstro.
Mas… as nossas manhãs são manhãs apressadas, não há tempo para muito espaço. Foi-lhe explicado que tinha que se despachar, porque estava quase na hora de saírem de casa e o pai não ia esperar por ele.
Nestas coisas o A. gosta de esticar a corda, testando a flexibilidade dos pais. Melhor dizendo, vai vendo "se e quando parte a corda”.
Continuou na sua refilice, roçando na má educação e teve que ouvir um raspanete e a promessa de que ficaria em casa se não se despachasse no tempo devido.
Resultado de tudo isto: o pai estava a sair de casa com o irmão e ele ainda enfiava as calças. Saiu sem lavar os dentes, nem a cara… todo mal amanhado, sem o lanche (porque se esqueceu de o levar!).
Creio que daqui a pouco tempo, ele já esqueceu isto tudo e vai estar a brincar com os amigos feliz da vida.
Eu fico tristonha por, mais uma vez, não ter tido a mestria dos manuais de “boa educação aos filhos em modo zen” e sei que isto me vai incomodar todo o dia, até voltar a estar com ele e termos uma nova conversa, agora mais calma, distante do incidente matinal.
Devia de haver uma analgésico mágico para as dores das mães.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

A festa dos 39 anos

No dia do meu aniversário houve mimos.
Recebi muitas mensagens, recebi muitos telefonemas. Houve beijinhos e abraços. Gargalhadas e brindes!
Que felizarda sou, caramba!
Nos dias de aniversário costumo ficar um pouco nostálgica. Não tem a ver com o acumular dos anos, porque isso eu aceito muito bem (respeito muito cada uma das minhas rugas!).
Acho que fico meio sem jeito. Sem saber o que fazer com o "meu" dia.
Também fico um pouco reflectiva sobre o que a vida me tem oferecido, sobre o que tenho conseguido fazer com ela... sobre as minhas pessoas e as nossas partilhas.
Enfim... são os neurónios sempre a correr e o coração a bombear forte.
No dia do meu 39.º aniversário foi bom ver a alegria dos meus filhos a saltarem para os meus braços logo no acordar da manhã. Foi bom o brinde que fiz com uma amiga, na hora do almoço. Foi bom o jantar com a família mais próxima. Foi bom o abraço forte do meu marido e todos os miminhos gastronómicos que me preparou. E todas as palavras amigas que recebi ao longo do dia fizeram-me crescer mais um bocadinho e rasgar um grande sorriso no meu rosto (que, sim, vai envelhecendo).
Obrigada a todos!


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Uma conversinha com "São Pedro"

Esta manhã, o mais pequeno levantou-se da cama e olhando pela janela disse:
- Ó tempo, era bom que parasse de chover. Vê lá se começa a fazer calor que eu quero vestir calções.

Faço minhas as palavras do meu filho de 6 anos!

terça-feira, 10 de maio de 2016

39 Anos

Há 39 anos atrás, diz a minha mãe que fazia um dia de muito calor.
Diz ela também que sentiu que estava na hora de eu nascer, quando andava pelo campo no trabalho. A experiência antecessora de parir três filhos deu-lhe a certeza de que tinha chegado a minha hora, embora a medicina indicasse que seria mais para o final do mês.
Deixou o trabalho, foi a casa, preparou-se, pegou na mala e apanhou o autocarro com destino à cidade. Chegou ao hospital e o médico recebeu-a ranzinzo, dizendo que fosse para casa que ainda era cedo para eu nascer.
Ela bateu o pé com a certeza de que as dores que sentia eram as tais e sentou-se numa cadeira à espera que a hora H chegasse. E o seu instinto de mãe estava certo, como sempre esteve (e está) e passadas umas horas eu nasci.
“Eras linda!” – diz ela ainda hoje. E depois conta que “todas as enfermeiras te iam ver!”
“No dia a seguir apareceu no hospital uma senhora estrangeira que queria ficar contigo. Disse que pagaria o que eu quisesse. Como eu já tinha 3 filhos, e tinha poucas possibilidades…”
Depois diz zangada “a mulher era maluca! Então, mas eu ia vender a minha filha?!?! Gritei com ela e mandei-a embora dali”.
Diz que era assim naquele tempo…
Todos os anos recordamos esta história. Todos os anos fico com um brilho no olhar por saber que nasci de uma super mãe!
Hoje faço 39 anos!

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Dilemas

Também tenho preocupações fúteis:

- meias pretas ou da cor da pele?
- cabelo rebelde ou cabelo arranjado?
- saia preta ou encarnada?

Se fosse para ir a uma festa à qual me apetecesse ir, provavelmente teria menos dilemas!
Crescemos, envelhecemos, mas continuamos a ter que "engolir a sopa que não gostamos".

“Cansa viver onde todos querem parecer iguais”

Numa era em que se apregoa a sete ventos o RESPEITO, parece-me que andamos muito pouco tolerantes uns com os outros e gosta-se muito nas redes sociais, onde se acumulam sorrisos virtuais... mas, na vida real há falta de empatia pelo outro, pelo melhor que cada um pode dar.
Olhar nos olhos, sorrir, mostrando as rugas que se desenham nos olhos que também sorriem.
Sim, ando cansada.... "cansa viver onde todos querem parecer iguais".



quarta-feira, 4 de maio de 2016

Querido diário

O meu filho mais velho (9 anos) pediu-me um diário.
Andou uns tempos a insistir neste assunto e há semanas oferecemos-lhe um diário (com cadeado e chave, como deve ser).
Ficou muito feliz com o presente e quase sem saber o que fazer com aquele novo "tesouro".

Ele: Porquê que traz duas chaves?
Eu: Para ficares com uma suplente no caso de perderes uma.
Ele: Mas, onde guardo a chave?
Eu: Vais ser unicamente tu o responsável pelo diário e, claro, pelas chaves. Por isso, guardo num sitio onde tu saibas onde está.
Ele: O melhor será guardar tudo (diário e chaves) na caixinha. E o que é que eu escrevo aqui?
Eu: Tudo o que tu quiseres. Só tu saberás o que aí escreves. Podes escrever sobre o teu dia, sobre o que sentes, sobre os teus sonhos...

O diário mantém-se à vista de todos (com as chaves) e eu ando mortinha de curiosidade sobre o que ele escreve naquelas páginas em branco. Sim, a curiosidade vai manter-se... respeito aquele diário e os seus "segredos".

Também eu tive muitos diários quando era miúda. Acho que muito influenciada pelo livro Diário de Anne Frank que me inspirou para a vida. Também eu dava nome aos meus diários! Hoje penso "onde andarão aqueles meus caderninhos depositadores dos meus desabafos secretos da infância e adolescência?"

O que será que o A. escreve no seu diário?

Tenho reparado que vai a correr para ele quando se aborrece com qualquer coisa! E sei que escreveu lá um sonho dele, quais serão os seus sonhos?

Bem, tenho que procurar os meus diários, não vão eles ser encontrados pelos meus filhos antes de mim (porque os meus já não devem ter chave)! :-)



Não Posso Adiar o Amor

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa

terça-feira, 3 de maio de 2016

Calorias para anafar a neura

O dia hoje não terminou bem. Uma "ordem" de trabalho inesperada deixou a minha agenda de patas para o ar. Tanta coisa que terá que ser desmarcada, justificada...
Para acalmar os nervos, refastelei-me no sofá com um gelado suficientemente calórico para anestesiar a neura.
Amanhã é outro dia! :-)

Boa noite!


Energias, leva-as o vento

Têm estado umas manhãs muito ventosas.
Acordo e ouço lá fora o alvoroço no ar, o zumbido do vento e o baloiçar agitado da árvores não engana: é mais uma manhã de poeiras pelos ares.
Tenho uma relação estranha com o vento.
Em pensamentos mais nostálgicos, faz lembrar-me os meus tempos de miúda. Vivia no campo e tinha tanto tempo (coisa que hoje as crianças não sabem o que é) que me dava ao luxo de ficar junto ao muro da minha casa, sentido o vento bater-me na cara, a ver tudo a rodopiar pelos ares e imaginava onde iram parar aquelas folhas que esvoaçavam pelos ares.
Hoje em dia , e numa visão pouco sonhadora (a idade tira-nos, infelizmente, a poesia das coisas simples), o vento faz-me mal. Sinto que me leva as energias para outras bandas e deixa-me a cabeça estranha, com um vazio...  (para onde levará o vento a minha energia!?).
Tenho uma amiga que diz que em dias de vento os miúdos também ficam mais agitados. Talvez tenha razão. Talvez seja por isso que os meus filhos andam tão aluados.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Fim de semana

Filho mais novo: Mãe o que é jazz?
O mais velho: Oh, eu sei o que é! É um estilo de música!
Eu e o pai sorrimos e lá tentámos explicar: É uma música em que os instrumentos falam uns com os outros de forma, às vezes improvisada, a partir da melodia de cada música.

E foi ao som de música jazz que terminámos o nosso domingo solarengo de ontem, com a Ria Formosa aos nossos pés. Dia da mãe e dia do trabalhador.

O mais velho esteve de olhos vidrados nos instrumentos e de ouvidos bem atentos àquela sonoridade nova. O mais novo adormeceu (bem, se a música não fosse boa, dificilmente conseguiria adormecer. Sentiu-se embalado)!

Não foi um fim-de-semana perfeito. Longe disso! Houve birras, disparates, estudo que ficou por ser feito, muita impertinência (e implicância) entre irmãos e pouca paciência por parte da mãe (confesso). Houve gritos e repreensões várias. Mas... houve também abraços, beijinhos, desculpas, sorrisos e palavras bonitas. E não é assim uma família "perfeita"?

domingo, 1 de maio de 2016

Mãe querida, mãe querida

A minha mãe é a melhor do mundo!
Venceu muitas agruras da vida, aqueles olhos azuis mar derramaram tempestades de lágrimas.
Mas, aquele metro e meio de corpo soube levantar-se, erguer-se e caminhar em frente, com olhar posto no futuro (e essencialmente nos filhos), esperança no coração e um sorriso na alma.
Nunca ouvi a minha mãe dizer "no meu tempo..." (e eu já digo tantas vezes!), deve ser porque ela é uma mulher "do presente",  do vamos fazer agora...
Devo-lhe tanto, tanto.... e sei que nunca serei capaz de retribuir, mas amo-a (e admiro-a) do fundo do coração!

Eu: Então mãe, hoje jogaste à bola com os miúdos (referia-me aos meus filhos)?
Ela: Não, hoje não joguei muito. Eles encontraram uns amigos e estiveram a brincar com eles. Mas, andei de baloiço. Há muito tempo que não andava de baloiço!

Será importante acrescentar que a minha mãe tem 76 aninhos!