quarta-feira, 4 de maio de 2016

Querido diário

O meu filho mais velho (9 anos) pediu-me um diário.
Andou uns tempos a insistir neste assunto e há semanas oferecemos-lhe um diário (com cadeado e chave, como deve ser).
Ficou muito feliz com o presente e quase sem saber o que fazer com aquele novo "tesouro".

Ele: Porquê que traz duas chaves?
Eu: Para ficares com uma suplente no caso de perderes uma.
Ele: Mas, onde guardo a chave?
Eu: Vais ser unicamente tu o responsável pelo diário e, claro, pelas chaves. Por isso, guardo num sitio onde tu saibas onde está.
Ele: O melhor será guardar tudo (diário e chaves) na caixinha. E o que é que eu escrevo aqui?
Eu: Tudo o que tu quiseres. Só tu saberás o que aí escreves. Podes escrever sobre o teu dia, sobre o que sentes, sobre os teus sonhos...

O diário mantém-se à vista de todos (com as chaves) e eu ando mortinha de curiosidade sobre o que ele escreve naquelas páginas em branco. Sim, a curiosidade vai manter-se... respeito aquele diário e os seus "segredos".

Também eu tive muitos diários quando era miúda. Acho que muito influenciada pelo livro Diário de Anne Frank que me inspirou para a vida. Também eu dava nome aos meus diários! Hoje penso "onde andarão aqueles meus caderninhos depositadores dos meus desabafos secretos da infância e adolescência?"

O que será que o A. escreve no seu diário?

Tenho reparado que vai a correr para ele quando se aborrece com qualquer coisa! E sei que escreveu lá um sonho dele, quais serão os seus sonhos?

Bem, tenho que procurar os meus diários, não vão eles ser encontrados pelos meus filhos antes de mim (porque os meus já não devem ter chave)! :-)



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