terça-feira, 3 de maio de 2016

Energias, leva-as o vento

Têm estado umas manhãs muito ventosas.
Acordo e ouço lá fora o alvoroço no ar, o zumbido do vento e o baloiçar agitado da árvores não engana: é mais uma manhã de poeiras pelos ares.
Tenho uma relação estranha com o vento.
Em pensamentos mais nostálgicos, faz lembrar-me os meus tempos de miúda. Vivia no campo e tinha tanto tempo (coisa que hoje as crianças não sabem o que é) que me dava ao luxo de ficar junto ao muro da minha casa, sentido o vento bater-me na cara, a ver tudo a rodopiar pelos ares e imaginava onde iram parar aquelas folhas que esvoaçavam pelos ares.
Hoje em dia , e numa visão pouco sonhadora (a idade tira-nos, infelizmente, a poesia das coisas simples), o vento faz-me mal. Sinto que me leva as energias para outras bandas e deixa-me a cabeça estranha, com um vazio...  (para onde levará o vento a minha energia!?).
Tenho uma amiga que diz que em dias de vento os miúdos também ficam mais agitados. Talvez tenha razão. Talvez seja por isso que os meus filhos andam tão aluados.

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